Panela de Pressão
Nosso post de hoje vai trazer um pouco da história de um famoso e útil utensílio culinário, que otimiza e economiza tempo no processo de cozimento de alguns alimentos que poderiam levar horas para ficarem prontos.
Foi a partir do alpinismo que iniciou a história desse item: a panela de pressão.
Mas qual é a relação com o alpinismo?
A baixa pressão atmosférica verificada no pico das montanhas, comparada com o nível do mar, tinha como consequência imediata baixar o ponto de ebulição da água, criando uma extrema dificuldade e enorme demora no cozimento dos alimentos.
Surgiu assim a necessidade de criar uma forma de conseguir igualar, em altas altitudes, a mesma pressão atmosférica existente nas baixas altitudes. Estudiosos da época concluíram que, para atingir esse objetivo, era necessário criar nas panelas condições para que a água fervesse a 100 graus ou mais, e essas condições só seriam alcançadas se a panela fosse completamente vedada. Com uma panela hermética o vapor da água iria aumentar a pressão no seu interior, aumentando simultaneamente seu ponto de ebulição.
No ano de 1679 o físico francês Denis Papin, levando em conta neste princípio, inventou um utensílio que segundo ele mesmo “amolecia os ossos e cozia rapidamente as carnes mais duras”. Desta definição original, surgiu o nome de “digestor” ou “marmita de Papin”.
Era um recipiente feito de ferro fundido, com uma tampa provida de uma válvula de segurança que o fechava de forma hermética. Este modelo foi de enorme sucesso, pois a pressão criada pelo vapor de água aumentava o grau de ebulição e a válvula permitia a saída de vapor em excesso, mantendo nivelada a pressão. Desta forma os alimentos, sobretudo os mais difíceis de cozinhar como carne e feijão, eram confeccionados de maneira mais rápida.
A evolução
Até o ano de 1905 o material utilizado na confecção da panela de pressão ainda era o ferro fundido, até que a empresa americana Presto Company criou o primeiro modelo de panela em alumínio, seguida pelas opções mais comuns em aço inoxidável.
Tem medo ou receio de utilizá-la?
Com o passar dos anos a panela de pressão ficou muito mais bonita, mais leve e ganhou recursos de segurança e controle de pressão que a tornou ainda melhor. Esse importante utensílio, como todos os demais na sua cozinha, deve ser de boa qualidade e receber manutenção adequada ao que recomenda o fabricante.
Algumas dicas:
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Manuseio: A panela gera pressão e grande calor e deve ser manuseada com cuidado. Mas sem maiores preocupações, uma panela de boa qualidade e utilizada de acordo com o indicado pelo fabricante, não vai trazer riscos.
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Manutenção: Como todo utensílio você deve fazer uma boa manutenção. Sempre verifique antes de usar se as válvulas de segurança não estão entupidas ou se a panela tem encaixe perfeito. Sem isso você pode perder pressão no cozimento ou ter algum problema de segurança.
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Cuidado com a válvula de pressão: Verifique sempre se a válvula de pressão não está entupida. Aquele “barulhinho” é sinal de que a panela funciona normalmente. Se demorar para ouvir a pressão saindo, desligue o fogo e coloque a panela embaixo da água para esfriar e só depois abra delicadamente a panela, para verificar o que aconteceu.
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Jamais force a abertura: Isso sim pode provocar acidentes.
Pela sua praticidade, esta invenção não serviu só a culinária, sendo também muito usada em hospitais para esterilização de instrumentos cirúrgicos, na indústria do papel onde facilita o cozimento da polpa da madeira e no setor das conservas.
No mundo agitado em que vivemos hoje, em uma luta constante contra o tempo, a panela de pressão é sem dúvida uma excelente ajuda na cozinha pela confecção mais rápida e mais saborosa dos nossos alimentos.
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Até mais!